RENAULT DUSTER – O QUE DEU ERRADO NO TESTE DE SEGURANÇA?

Entenda o que deu errado no teste de segurançada Renault Duster. Continue lendo e saiba mais!

No fim de agosto, a Latin NCAP publicou os resultados dos “crash tests” para os automóveis com venda pela América Latina. Os veículos eram o Suzuki Swift, com vendas em mercados específicos e o Renault Duster, com produção aqui no Brasil. Infelizmente, os resultados para o SUV francês foram negativos.
Já no impacto frontal, a 64 km por hora, o Renault Duster encontrou falhas. Além da desintegração da parte frontal do carro, o Latin NCAP indica que o prejuízo provocou vazamentos do combustível. Em relação à segurança de crianças, surgiu, então, outro problema
Isto porque os dois bonecos que simularam crianças de um, cinco e três anos de idade acabaram colidindo com os assentos, reduzindo drasticamente a pontuação do SUV.
Como se isso não fosse suficiente para manchar a imagem da proteção e segurança, o Duster também teve um desempenho ruim no teste relacionado ao impacto lateral.
Esse quesito entrou muito na cabine, sendo que a porta da frente se abriu (com possibilidade de ejeção do passageiro em situação de colisão intensa) e o SUV ainda capotou.
Isso faz com que o Latin NCAP peça à Renault que promova o recall de todos os Dusters, a fim de realizar a correção do problema de vazamento de combustível posteriormente a  colisão, bem como encontrar uma maneira de proteção para a parte lateral do veículo, devido ao risco de ejeção dos passageiros.
O Latin NCAP também lembrou que o modelo feito no Brasil não passaria no teste europeu sob os padrões UN95 simplesmente porque sua porta se abriu após o teste que previa o impacto da parte lateral do Duster.

O QUE MAIS DEU ERRADO NO TESTE DE SEGURANÇA E COLISÃO DO RENAULT DUSTER?

Renault Duster
Fonte: Google

Além destes fatores, o Duster não teve um bom desempenho no teste de chicotada, outro teste em que marcou nenhum valor, pois não protegeu a região do pescoço do condutor.
No entanto, o veículo se destacou melhor no teste de Assistente de Segurança, de modo a cumprir as exigências do teste até 80 km por hora.
Em relação à segurança de transeuntes, o Latin NCAP fez uso de uma versão romena, oferecida em pequenas quantidades em mercados específicos latino-americanos, para passar no teste.
No entanto, a ONG afirma que o automóvel produzido na região de São José dos Pinhais (PR) tem uma fachada diferenciada, possibilitando, então, a mudança dos resultados!
O resultado do modelo da Renault Duster será debatido. O veículo teve um teste realizado anteriormente em outubro de 2019, em um modelo, então, vendido na região da Colômbia e, por conseguinte, importado da Romênia.
Ele obteve uma classificação de quatro estrelas, a qual a Renault continua exibindo em seus anúncios.
Além do “crash test” ter sido realizado com o veículo do Brasil, o Latin NCAP adota um protocolo de teste mais rígido desde o mês de outubro de 2020, unificando a classificação de zero a cinco estrelas, no lugar de gerar notas separadas para o público infantil e o público adulto.
Também impôs o teste de momentum para carros equipados para controlar a estabilidade e aumentou a pontuação média mínima para as estrelas unitárias.

FEITO NO BRASIL

Renault Duster
Fonte: Google

O Duster é produzido em vários lugares do planeta. E principalmente no Brasil, onde é comercializado com o emblema da Renault. As versões produzidas lá são mais perigosas do que as feitas na Europa.
Primeiro, porque o modelo recebe apenas dois airbags frontais na América do Sul, mas nenhuma almofada ou cortina lateral. Mas parece que a estrutura do carro também é menos robusta.

ASSENTO EJETÁVEL

Renault Duster
Fonte: Google

Durante o teste de colisão sul-americano, o tanque do Duster foi perfurado após o impacto frontal. E durante a batida lateral, o veículo capotou e uma porta até se abriu. Isso significa que um passageiro sem segurança pode ser ejetado do veículo. Nada bom!

RENAULT DUSTER MAIS SEVERO

Parece claramente que os modelos montados na América do Sul são menos sólidos do que nosso espanador romeno. Mas ainda deve ser observado que a organização Latin-NCAP recentemente endureceu seus padrões de avaliação.
Os testes ficaram mais severos do que quando o modelo foi lançado, onde o Duster havia coletado 4 estrelas lá em 2019.
Mas, em uma época de globalização e de robotização das fábricas de automóveis, esta informação clama, a tal ponto que a organização Latin-NCAP pede à Renault que retire todos os Duster produzidos no Brasil para sanar a situação.
A Renault, por conseguinte, divulga a contestação e reitera que este é exatamente o mesmo veículo que teve premiação com quatro estrelas.
Ao contatar a fabricante do Brasil em relação ao novo resultado, a fábrica ressaltou, em nota, que o veículo retestado é, de fato, o mesmo modelo, quanto ao conteúdo em que foi realizado teste em 2019, e que recebeu quatro estrelas.
Veja, a seguir, a nota da Renault de forma integral:
“O Duster, cujo teste foi lançado em agosto de 2021, é exatamente o mesmo, em termos de conteúdo de segurança ativa e passiva, que o veículo que conquistou quatro estrelas na proteção de adultos e três estrelas na proteção infantil em teste realizado pela mesma instituição em 2019.
Em 2020, o Latin NCAP mudou os protocolos de teste e, como consequência, os resultados são diferentes.”
A empresa disse, por conseguinte, que “é importante frisar que o veículo, em questão, respeita de forma rigorosa as regulamentações dos países onde é comercializado, chegando mesmo a superá-las em alguns aspectos.
O modelo vem com vários acessórios e elementos de segurança como o alerta de ponto cego, o assistente de partida em morro, dentre outros equipamentos, que não têm exigência pela lei.”

RENAULT DUSTER 2021

Fonte: Google

O modelo mais vendido na França, o Duster SUV, também desempenhou o papel de carro-chefe da marca desde o seu lançamento. Em razão do seu status de SUV e seu estilo bem estudado, ele seduz pelo menos tanto pela aparência quanto pelas promessas de preço baixo e robustez do fabricante.
Além disso, o acabamento de alta qualidade atrai 80% dos clientes pelo mundo. Em dez anos, o modelo foi distribuído em quase dois milhões de exemplares de todos os modelos e gerações combinadas e esse número não inclui os veículos comercializados com o nome Renault em países emergentes.

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